Em 1931, o pintor surrealista Salvador Dalí pintou "A persistência da memória".
Neste quadro, Dalí colocou três relógios derretidos. Acredita-se que sejam para mostrar a irrelevância do tempo. Quando pintava em paisagens de sua juventude, perto de sua casa na Catalunha, Dalí achava que o tempo passava muito rápido por estar sempre sem tempo de fazer as coisas que mais gostava: comer, pintar e fazer amor.
Em sua autobiografia, Dalí conta que levou duas horas para pintar grande parte da obra, enquanto esperava sua esposa, Gala, voltar de um filme. Neste dia do mês de agosto, o pintor se sentiu cansado, com uma leve dor de cabeça, e não foi ao teatro com sua esposa e amigos. Teria, então, alucinado ao ver um queijo Camembert derretido (que originariam as formas derretidas dos relógios).
Ao retornar do filme, Dalí mostrou sua obra a sua esposa e percebeu a cara de “espanto e admiração”. Perguntou se ela esqueceria aquela imagem em três anos, mas obteve como resposta que “ninguém poderia esquecê-lá uma vez vista”. O rosto em primeiro plano é do pintor adormecido, sonhando, alucinando na paisagem registrado em sua memória.
O quadro em tinta óleo está no MoMA de Nova York. Isso sim é surreal!
Nenhum comentário:
Postar um comentário