Em 1947, cientistas atômicos americanos que participaram do ultra-secreto Projeto Manhattan (aquele da bomba atômica) criaram o Doomsday Clock, um relógio que mede simbolicamente o risco de uma guerra nuclear. Quanto mais próximo de zero hora, maior será a possibilidade de uma guerra com proporções inimagináveis. Ele leva em consideração o estado dos arsenais nucleares mundiais e sua proliferação, biossegurança e clima, entre outros fatores, para estimar o quão a Humanidade pode estar perto da extinção.
Na sua inauguração, o relógio marcava 23h53. Em 1953, quando os EUA fizeram o primeiro teste da bomba de hidrogênio, o relógio chegou a marcar 23h58. Após o fim da Guerra Fria, em 1991, os ponteiros recuaram para 23h43, dando ilusão de uma possível paz. Após o atentado de 11 de setembro de 2001 o relógio voltou à sua marcação inicial (23h53), mostrando que o ataque às torres do World Trade Center podem ter sido o início de grandes mudanças (negativas). Vejam toda a cronologia AQUI.
– Está claro que as mudanças que pareciam estar ocorrendo não se materializaram – explicou Lawrence Krauss, co-presidente do Boletim dos Cientistas Atômicos, responsável pelo relógio. – Hoje, diante do perigo real e imediato da proliferação nuclear, das mudanças climáticas e do contínuo desafio de encontrar novas fontes de energia sustentáveis, os líderes mundiais continuam a agir como se nada estivesse acontecendo.
E aí, gente? De que adianta os Maias falarem em fim do mundo há 500 anos atrás, quando a gente continua fazendo tudo errado?
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